sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Desabotoando a vida

Sinto-te pela noite que chega, pelo silêncio das madrugadas
Sinto-te por auto proteção, pois me faz bem sentir-te assim
Queria que soubesses que entre pensamentos carrego-te
Num colo carinhoso no cantinho direito do meu coração
Te lembro como rapunzel que do alto, soprava-me bolinhas de sabão
E sorrindo ensiste em recolher as tranças, sem ouvir o apelo das poesias
Poesias como cartas para Julieta, à espera da doce íris do teu olhar
Mesmo vivendo em ansiedades, ainda sei cultivar flores, sei falar de amores
És menina delicada desabotoou minha vida, exibiu meu peito e sorriu
Tu és conto de princesa, minha perfeita Cinderela
Linda encantadora como branca de neve, a espera do despertar
Do beijo apaixonado do poeta que te escreve
Bendito meus olhos que por vezes te viu sorrir
Regressa-te das névoas do silêncio
Em vestes brancas imaculadas
Como magia de fada deixe sempre a vida ser primavera
Brinda-me com a docilidade que te veste de ternura

sábado, 10 de dezembro de 2016

Infinita

Outro dia ela me chamou de amor
E falou...
Das urgências de seu coração
Das esperas infinitas
Hoje ela se foi, não disse adeus
Talvez quisesse ser pássaro e voar infinito
Ou pousar por instantes no céu
Vestir-se de azul, amor perfeito
Esperar a noite, para ver com se acendem as estrelas
Quem me dera poder ler-te uma vez mais
E ver em teu coração, se ainda crescem flores que semeei
Ou se voltou ao vazio em que encontrei
Senta-te na primeira estrela, e tente entender o silêncio
Ele diz muito do que penso
Não espere o vento soprar teus dourados cabelos
Ele esta comigo
Bate insistentemente em minha janela
Quer entrar, e gelar minha alma
Então eu penso que a missão do nosso encontro
Apenas mostrou-nos que temos um mesmo coração
Um mesmo destino, a mesma vontade, e a mesma saudade

(Talvez eu também busque uma estrela, e saia em silêncio, sem adeus, sem vontades)